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Como Cuidar do Futuro e Impactar Gerações

Vivemos mais. Essa é uma das maiores conquistas da humanidade,  mas também um dos maiores desafios.

No Brasil, segundo dados do IBGE, a expectativa de vida já ultrapassa os 75 anos e cresce de forma consistente. Atualmente, temos mais de 37,7 milhões de brasileiros acima de 60 anos, e estima-se que, até 2050, seremos cerca de 67 milhões de idosos, quase um terço da população.

Essa realidade não afeta apenas famílias e sistemas de saúde. Ela já impacta empresas, lideranças e conselhos corporativos, que precisam aprender a lidar com um mundo onde longevidade é também uma questão estratégica.


1. Longevidade começa no presente

Como foi destacado na conversa do podcast, a longevidade não é algo que começa “lá na frente”. Ela é construída desde o nascimento, através dos hábitos, da saúde preventiva, das escolhas e da forma como equilibramos trabalho, família e bem-estar.

Empresas que compreendem isso já começam a olhar para seus colaboradores não apenas como mão de obra, mas como indivíduos em jornadas de vida mais longas, com necessidades em diferentes fases.


2. O peso invisível da longevidade nas empresas

Muitos profissionais hoje exercem duplas ou até triplas jornadas: trabalho, cuidado dos filhos e cuidado dos pais idosos.

Esse é o chamado “papel invisível”,  que não aparece nos relatórios, mas pesa sobre a produtividade, a saúde mental e a capacidade de entrega de milhares de colaboradores.

Nos EUA, já se fala no fenômeno das working daughters: mulheres que, além de suas carreiras e da maternidade, precisam cuidar dos pais idosos. No Brasil, esse movimento também cresce, e ainda sem políticas públicas estruturadas para apoiar essas famílias.


3. Longevidade é economia — e oportunidade

A chamada economia prateada já movimenta mais de R$ 1,6 trilhão por ano no Brasil. Pessoas acima de 50 anos são cada vez mais protagonistas no consumo, na inovação e até no empreendedorismo.

Ignorar esse público é desperdiçar sabedoria, experiência e poder econômico. Valorizar a longevidade é também valorizar novos mercados e novos modelos de negócio.


4. O papel da liderança e dos conselhos

Conselhos corporativos e lideranças precisam incluir a longevidade em suas pautas estratégicas. Isso significa:

  • Políticas de cuidado para colaboradores que também são cuidadores de familiares.
  • Programas de saúde e bem-estar de longo prazo.
  • Atenção à diversidade geracional, aproveitando a riqueza de equipes que unem jovens talentos e profissionais seniores.
  • Investimentos em inovação que combinem tecnologia, educação e cuidado, áreas cada vez mais interconectadas.

5. Sucesso com impacto geracional

Sucesso, no século XXI, não pode ser medido apenas por lucro trimestral. Empresas longevas são aquelas que cuidam das pessoas, integram propósito à estratégia e se posicionam para impactar não apenas o presente, mas as próximas gerações.

Ou seja: longevidade não é só sobre viver mais anos, mas sobre viver melhor — como indivíduos, famílias, empresas e sociedade.


Reflexão final

Como líderes, precisamos nos perguntar:O que estamos fazendo hoje para que nossa vida, nossos negócios e nossas organizações impactem positivamente as gerações que virão?

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